Dirigentes do Ministério da Infraestrutura já admitem retirar do município de Londrina a praça de pedágio prevista para a PR 445, instalando-a mais próxima a Mauá da Serra. A informação foi divulgada hoje de manhã pelo diretor de Transportes Rodoviários da Secretaria Nacional de Transportes Terrestres, Guilherme Bianco, em reunião online com representantes do empresariado paranaense (G7) e outras lideranças.
O deputado estadual Tercilio Turini participou da videoconferência e considerou um avanço a nova posição do Ministério. “É uma vitória inicial, resultado da mobilização da comunidade londrinense”, afirma, citando a audiência pública da Frente Parlamentar sobre o Pedágio realizada em Londrina e a manifestação contra a praça de pedágio que reuniu centenas de pessoas na PR 445.
“A posição permanece de não aceitar pedágio na PR 445, com a rodovia duplicada até Mauá da Serra sem cobrança de tarifa. Retirar a praça do município de Londrina atende parte da reivindicação, mas não queremos transferir o problema para outra cidade da região”, destaca o deputado. Ele afirma que também apoia a mobilização contra o pedágio na BR 376, próximo a Califórnia e Apucarana. “Vamos continuar na luta para excluir essa praça do novo modelo de concessão de rodovias”, salienta.
Tercilio Turini reforçou o pedido de inclusão do Contorno Leste como prioridade na nova concessão para a região de Londrina, ligando a PR 445 desde as proximidades do antigo posto Serrinha até a BR 369 em Ibiporã. “É uma obra de muita relevância no transporte rodoviário, tirando o tráfego pesado de dentro da cidade. O contorno também vai criar novo eixo de desenvolvimento”, argumenta.
O dirigente do ministério informou que o Contorno Leste foi analisado na modelagem de concessão, mas ficou de fora porque demanda investimento de R$ 300 milhões. Turini contesta: “Estão prevendo investimento de R$ 1 bilhão em obras rodoviárias em Ponta Grossa e não podem fazer o Contorno Leste de Londrina? Mais uma vez nossa região é prejudicada e não dá para aceitar”, diz o deputado, destacando a necessidade de mobilização para assegurar inclusão da obra na concessão.