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Projeto prevê aferição de temperatura em locais de concentração de pessoas

A aferição da temperatura corporal em repartições públicas e estabelecimentos de uso coletivo no Paraná poderá ser obrigatória enquanto durar a pandemia causada pelo coronavírus. Nesta segunda-feira (dia 18), foi protocolado na Assembleia Legislativa um projeto de lei que trata do tema.

O deputado estadual Tercilio Turini é um dos autores da proposta, também assinada pelos parlamentares Luiz Claudio Romanelli (PSB), Ademar Traiano (PSDB), Alexandre Curi (PSB) e Michele Caputo (PSDB). A intenção é que a temperatura seja aferida por termômetros infravermelhos ou por imagem, para identificar pessoas em estado febril, sintoma comum entre infectados pelo novo coronavírus – justificam os deputados.

Em casos de temperatura igual ou superior a 37,5ºC, a pessoa deverá ser orientada a procurar atendimento médico e não será permitido o acesso ao estabelecimento, como medida preventiva à propagação do vírus. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia, o termômetro infravermelho ou por imagem pode ser facilmente higienizado, além de trazer o resultado de forma rápida. A aquisição pode ser feita de forma online ou presencialmente em qualquer farmácia.

“A intenção do projeto de lei é proteger a vida. Muitas vezes uma pessoa pode não perceber que está com febre e considere natural ter com o corpo mais quente. O estado febril ocorre por inúmeras causas, mas em qualquer circunstância aponta para uma situação de anormalidade em relação à saúde. Portanto, mesmo que a febre não tenha relação com o coronavírus, não significa que a pessoa deva considerar normal a alta da temperatura corporal”, afirma Tercilio Turini.

Além da ameaça do coronavírus, inicia-se uma época de crescimento de outras enfermidades que afetam o organismo, provocado pelo frio característico das estações outono e inverno. Gripes, resfriados, pneumonias, infecções e outras doenças comuns ao período também podem provocar febre – ressalta o deputado, que é médico infectologista.

Ele lembra que a proposta refere-se a ambientes de uso coletivo que possam gerar a aglomeração de pessoas. Atualmente, muitos empresários já fazem a aferição da temperatura de clientes e colaboradores, como em redes de supermercados, indústrias, grandes canteiros de obras e outros locais. “A ideia é que mais estabelecimentos públicos, privados e comunitários passem a oferecer essa proteção, até como atrativo à clientela”, diz.

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