Prefeitos, vereadores, deputados estaduais e outras lideranças do Norte Pioneiro e da Região Central do Paraná serão convidados a participar de reunião para retomar o debate sobre a partilha do ICMS da Klabin. Metade dos recursos deveria estar sendo destinada a 11 municípios que fornecem matéria-prima para a Unidade Puma, mas apenas Ortigueira como sede da indústria vem sendo beneficiada com a receita integral do imposto. O deputado estadual Tercilio Turini está organizando o encontro na próxima terça-feira, na Assembleia Legislativa do Paraná, e defende que seja honrado o pacto firmado anteriormente pelos municípios, governo e empresa.
Em 2012, antes de a Klabin anunciar onde seria instalada a unidade Puma, foi definido entre os 12 municípios produtores de matéria-prima que o ICMS deveria ser dividido: 50% para a cidade-sede da indústria e 50% rateados entre os fornecedores de celulose, madeira e derivados. Foi inclusive criado o Comitê Gestor do ICMS da Klabin. A intenção era praticar justiça fiscal, com todos os municípios recebendo uma fatia da arrecadação do imposto estadual para investir em infraestrutura e qualidade de vida à população.
Após a escolha para sediar a indústria, Ortigueira rompeu o acordo e deixou os outros 11 municípios sem a cota-parte de cada um no ICMS. Foram prejudicados Cândido Abreu, Congoinhas, Curiúva, Imbaú, Ortigueira, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania. Para se ter uma ideia do volume de recursos, dados da Secretaria de Fazenda do Estado já apontaram que de 2014 a 2021 Ortigueira teve um crescimento de 478% na receita decorrente do ICMS da Klabin, passando de R$ 11,8 milhões para R$ 68,3 milhões.
